Depoimento Paulo de Mello

O karatê sempre fez parte da minha vida, mesmo que tenha me mantido longe de sua prática por quase 30 anos. Fui criado dentro de uma academia sob um regime de treinamento pesado com os acertos e erros dos treinos de antigamente. Afastei-me de sua prática, mas não de sua filosofia, pois os estudos e o exercicio da medicina exigiram de mim muita dedicação e foi aí que tive que fazer uma escolha. O tempo se passou e aquele “chamado” pelo exercício da filosofia que permeia esta arte marcial, a necessidade de se praticar uma atividade física que dê prazer e o desejo de se preparar para uma senescência saudável conduziu-me meio que por acaso à Família Taiyokan. Quando lá cheguei, encontrei uma secretária simpática e muito educada e só depois soube que era esposa do sensei, a Sabrina. Ela me deu as explicações iniciais sobre o funcionamento da academia e apresentou-me ao sensei Édnei Albigesi. Diferente dos mestres que tive no passado, um no estilo Shotokan e outro no Kyokushin, este sensei “sorria”, era educado e me ouviu.

Eu, nos meus 48 anos, sofria de dores articulares, da falta de condicionamento físico, de uma radiculopatia graças a uma protrusão de disco lombar que carrego há alguns anos, de tristeza por questões que envolvem minha vida pessoal e em particular, sofria com muita dor no joelho direito pois estava me recuperando de uma fratura neste joelho em decorrência a um acidente que sofri no ano de 2010. Quando eu lembrava dos treinos de minha adolescência, estava certo que não seria capaz de voltar a treinar. Ainda bem que “meio por acaso” cheguei à Família Taiyokan. Lá fui acolhido e minhas limitações respeitadas. O tempo foi passando e pude perceber uma grande evolução na minha capacitação física, emocional e de interação social. Poucos meses depois já podia acompanhar os treinos com tranquilidade, fiz novos amigos, reencontrei minhas antigas habilidades e minha auto confiança reapareceu.

Descobri que sou capaz de superar a mim mesmo a cada treino e fazer melhor e cada vez melhor algo que já não fazia há algumas décadas. Assim, só tenho que agradecer ao sensei Édnei, a Sabrina e a todos amigos da Família Taiyokan que em muito tem colaborado com meu desenvolvimento técnico, com a recuperação do vigor, da alegria e da verdadeira amizade que há muito tinha ficado para trás. Obrigado por tudo. Oss.

Paulo de Mello

Médico Neurologista Clínico

Faixa Marrom – Chairo Obi – 1º Kyu

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